20/04/2011

Review - The Love of Siam

the love of siam
Ficha básica:
Diretor: Chookiat Sakveerakul
Gêmero: Drama/Romance
Idioma: tailandês
Sinopse: conta a história de um drama romântico entre adolescentes. Dois garotos são os melhores amigos e vivem sem surpresas o dia-a-dia em Bangkok. A rotina de tranqüilidade é interrompida quando a irmã mais velha de um deles desaparece durante uma viagem. A família, abalada pela tragédia, se muda e separa os amigos. Anos depois, agora já pós-adolescentes, os dois se reencontram. Um deles tornou-se o líder de uma boyband chamada ‘August’ aspirante ao sucesso, cuja agente possui incrível semelhança com a tal irmã desaparecida. Com esse pano de fundo, os dois amigos vão se descobrindo e decidem enfrentar as famílias e suas vidas em sociedade para assumir os sentimentos, antes confusos e misturados, que nutrem um pelo outro.




Há duas versões para esse filme. Uma de 150 minutos e outra de 178 minutos, a versão do Diretor, sem cortes. Eu assisti à última. Duas horas e cinquenta minutos de pura arte.

Sinceramente, um dos filmes mais bonitos que já vi. É puro, simples, delicado e profundo ao mesmo tempo. Além disso, é embalado por lindas músicas, compostas algumas pelos próprios atores. Muito envolvente, há cenas sem nenhum diálogo que simplesmente te deixam jorrrando lágrimas. Não, não estou brincando. Chorei muito mesmo depois de o filme ter acabado. Até a música dos créditos te dá um aperto no coração.
O filme mostra vários ângulos do sentimento “amor”. Vários, em cada pedacinho de cena, em cada nuance. É cheio de mistérios que não são resolvidos – talvez de propósito, talvez não. É daquele tipo que te faz parar para pensar em muita coisa. Reflexivo. Um dos destaques vai para o drama da família e, principalmente, do pai de Tong. Atuação quase perfeita.

Cheguei a duvidar do talento do Mario Maurer. Ele é um dos protagonistas, faz o papel do Tong. E me surpreendeu bastante. No começo meio tímido e sem graça, mas a medida que ele e seu personagem vão crescendo as coisas melhoram. Quem me surpreendeu mais ainda foi o ator Witwisit Hiranyawongkul, que faz o Mew, o outro garoto da trama “principal” – entre aspas pois o filme tem tanta coisa que poderia ser considerada principal que eu não sei se o romance entre os dois garotos é realmente o ponto central da trama, ou o que o diretor quis passar como central. Enfim, muito bom ator e bom cantor. As músicas com o vocal dele ficaram lindas.

Dizem que, ao promover o filme, o diretor “omitiu” o fato de haver um romance gay. Tanto que no cartaz de divulgação original não havia nenhuma implicação desse tipo, o que gerou muito mais expectativas e atraiu muito mais público ao cinema. A aceitação foi boa porque, como disse, há tantos dramas que às vezes o romance fica meio “apagado”. Mas não apagado para o filme em si, pois encaixou-se muito bem, diga-se de passagem.

De todo modo, super recomendado se você gosta de um bom drama. E dos fortes.
O romance é muito suave e, na versão com cortes, ele mal aparece como devia. Confesso que virei fã absoluta.

Algumas curiosidades que podem conter spoilers:

O título do filme é uma alusão à praça/galeria/shopping/algo do tipo onde os garotos, já adolescentes, se reencontram, a Siam Center. Também é o lugar onde a maioria das cenas termina e começa, onde os pontos centrais da trama dos dois são abertos e fechados, se repararem bem.

A banda de Mew, a August Band, realmente existiu. Os atores, na época garotos (2007), gravaram um album com dois cds contendo as canções do filme cantadas e orquestradas por eles mesmos. O nome ninguém realmente sabe o porquê, mas há especulações de que agosto foi o mês em que Tong e a família se mudaram para longe de Mew e quando ele passou a compor e a levar a música mais a sério.

Quando você está apaixonado, sempre haverá esperança”.

Escrito em 18-02-2010.

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